Richard Simonetti
Medições precisas demonstram que
a Terra tem perto de quatro bilhões e quinhentos milhões de anos. Imaginemos a
história de nosso planeta contada num livro de quinhentas páginas. O ser humano
surgiria na derradeira linha da última página. A última letra da palavra final
conteria toda a Civilização Ocidental.
Segundo Darwin, a evolução dos
seres vivos se processa por seleção natural. Indivíduos de uma mesma espécie
conseguem adaptar-se a determinada situação, a partir de sutis modificações em
sua estrutura, dando origem a mutações que resultam em novas espécies. Processo
lento. Demanda milhões de anos.
A Doutrina Espírita admite a
seleção natural, mas com reparo fundamental: Nada é aleatório. Há um
planejamento feito por Espíritos Superiores, prepostos divinos.
Nosso corpo físico, que causa
espanto aos cientistas por sua perfeição, levou milhões de anos para ser
aprimorado pelos técnicos espirituais, que trabalham na intimidade das células,
direcionando as mutações. Tudo isso implica em organização, marcada por uma
hierarquia.
No topo a figura extraordinária
de Jesus, que segundo informa Emmanuel, no livro A Caminho da Luz, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, não foi simplesmente o fundador de uma religião.
Muito mais que isso – é nosso governador!
Alunos do educandário terrestre,
temos recebido a visita de muitos professores, cultos e sensíveis, que
periodicamente nos trazem algo de seus conhecimentos, de suas virtudes.
Sócrates, Platão, Aristóteles, Confúcio, Buda, Lao-tsé, Moisés, Isaías e
Francisco de Assis, são alguns deles.
E houve a revelação maior, tão
grandiosa, tão transcendente, que o próprio governador decidiu trazê-la
pessoalmente. Foi assim que Jesus aportou no planeta com a divina revelação do
Amor.
A palavra amor, embora empregada
e decantada hoje mais do que nunca, está repleta de conotações infelizes que a
desgastam.
Muitos confundem amor com sexo,
ignorando a lição elementar de que o sexo é apenas parte do amor e não a mais
importante.
Há os que fazem do amor um
exercício de exclusivismo, sufocando o ser amado com exigências descabidas.
Há os que amam como quem aprecia
um doce. Gostam dele porque satisfaz o paladar… Assim, cansam-se logo de amar,
porque estão saciados ou empolgados por novos sabores.
Há os que fazem do amor um
exercício de egoísmo a dois, pretendendo construir um céu particular. Dane-se o
resto.
O amor é muito mais que isso! Em
sua grandeza essencial, o amor é um exercício de fraternidade e solidariedade
entre os homens, inspirando a derrubada das barreiras de nacionalidade, raça e
crença, para que sejamos na Terra uma grande família.
Foi para nos transmitir essa
revelação gloriosa, esse tipo de amor, que Jesus esteve entre nós, não
desdenhando lutas e sacrifícios.
Na questão 625, de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta:
Qual o modelo supremo que Deus
ofereceu ao Homem para lhe servir de guia e modelo?
Responde o mentor espiritual que
o assiste: Jesus.
E comenta o codificador: Para o
homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode
aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina
que ensinou é expressão mais pura da Lei do Senhor, porque, sendo ele o mais
puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito divino o animava.
Adeptos de qualquer doutrina
religiosa vinculada ao Cristianismo, abençoados os que aceitam Jesus por
Mestre, que colocam em prática as suas lições e observam seus exemplos.
Estes vivem sempre bem, felizes,
e animados, mesmo em meio às dores e atribulações humanas, porque, como diz
Carmem Cinira, psicografia de Francisco Cândido Xavier (Parnaso de
Além-Túmulo):
… com o mundo uma flor tem mil espinhos,
Mas com Jesus, um espinho tem mil flores.
Fonte: Agenda Brasil
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