A humildade é uma virtude
relacionada ao reconhecimento de nossas limitações.
Embora poucos saibamos, não se
trata de virtude estudada apenas nos campos da religiosidade e da filosofia.
Estudos existem a seu respeito,
no campo científico.
Pesquisas, no âmbito da
educação, demonstram que a humildade promove bem-estar físico, psicológico,
social e espiritual para aquele que a desenvolve.
Isso porque ela proporciona
alívio nas preocupações e no sentimento de vulnerabilidade.
Também gera uma diminuição da
ansiedade, da depressão e das fobias sociais.
Afirmam esses estudos que essa
virtude está relacionada à sabedoria que temos de que não possuímos todo o
conhecimento.
Esse reconhecimento nos
possibilita a compreensão das nossas limitações.
Não se trata, no entanto, de uma
virtude passiva. Ao contrário, é ativa, pois ao reconhecermos que não sabemos
tudo, nos colocamos em uma postura de querer e buscar novos conhecimentos.
Segundo os pesquisadores, no
campo educacional, a humildade, quando estimulada nos alunos, permite que eles
queiram sempre aprender mais, posto que são sabedores das limitações de seus
conhecimentos.
Ao reconhecer suas debilidades,
se posicionam desejando a própria melhoria e desenvolvimento.
Igualmente há reflexo na relação
com seus professores, desde que se dispõem a uma maior aceitação dos ensinos
que lhes são transmitidos.
Identificando nos professores
aqueles que podem repassar novos conhecimentos, gera uma relação de maior
respeito e reciprocidade. Por sua vez, pesquisas no campo da psicologia
demonstram que a prática da humildade facilita o desenvolvimento da compaixão,
do perdão, do respeito e da autoestima.
E, por possibilitar o surgimento
desses bons sentimentos, ela inibe o desenvolvimento da arrogância, do
narcisismo e do orgulho.
* * *
Façamos um breve intervalo e nos
questionemos se já desenvolvemos em nós a humildade. Ou se precisamos investir
nisso.
Iniciemos revendo nossos comportamentos
e atitudes.
Temos consciência de que não
somos os que sabemos tudo a respeito de tudo?
Em síntese: Sabemos reconhecer
nossas limitações nas diversas áreas do saber, do conhecimento?
Somos daqueles que nos colocamos
como os que criticam os demais pelo uso incorreto da fala, da escrita, do que
apresentam como suas conquistas pessoais?
Ou somos os que nos apresentamos
dispostos a querer saber mais, a aprofundar nossos estudos, a aprender com o
outro?
O nosso exercício para o
desenvolvimento da humildade deve iniciar, no campo mais propício e, ao mesmo
tempo, promissor: nosso lar.
Podemos nos dispor a aprender a
cozinhar, arrumar uma mesa, passar a nossa roupa.
Podemos aprender um pouco de
jardinagem, desde como plantar de forma adequada a semente, aos cuidados com a
rega, com a poda.
Quanto bem-estar podemos
promover em nossa família a partir de um comportamento mais humilde.
Depois, podemos ampliar o
exercício dessa virtude para nossas relações sociais e de trabalho.
Que tal iniciarmos esses exercícios
neste dia?
[1] Redação do Momento Espírita, com base no artigo “A
humildade e a esperança: fatores de resiliência na práxis humana?”, de Joana
Freitas e Maria Helena Martins, da Revista Omnia, abril 2015.
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