quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

LEMBRANÇAS DOS SOFRIMENTOS[1]



Miramez

Os Espíritos conservam a lembrança dos sofrimentos que suportaram durante sua última existência corpórea?
‒ Frequentemente a conservam, e essa lembrança os faz melhor avaliar a felicidade que podem desfrutar como Espíritos.
Questão 312/O Livro dos Espíritos

Depois do desenlace, o Espírito conserva lembranças do estado corporal em que se encontrava, por ficarem vivos na sua consciência os fatos derradeiros da encarnação na Terra.
No entanto, sendo alma elevada, que viveu os preceitos do Evangelho, logo se livra das lembranças, para inteirar-se das belezas imortais da vida. O Espírito doente, porém, aquele cujo fardo se encontra pesado de faltas inumeráveis e sob o jugo incômodo de ações perniciosas, se demora com pensamentos fixos nos sofrimentos da carne. Mesmo não tendo o corpo de carne, as atrozes lembranças o torturam, porque na mente se encontra o céu ou o inferno, conforme as direções dos sentimentos.
É nesse sentido que a Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec, apareceu no mundo das formas, para educar os pensamentos dos homens, pois o seu lema é Educar e Instruir. As enfermidades aparecem pelos fios dos pensamentos: mudando as ideias, elas mudam de rumo. Daí a grandeza desta filosofia de Jesus: todas as distorções dos corpos que o Espírito usa, partem da mente. Mudando o modo de pensar pelos processos ensinados por Jesus Cristo, tudo muda de comportamento e o Espírito passa a viver no céu, mesmo carregando um corpo de carne. Todo sofrimento é falta de harmonia na mente.
Não fomos feitos para sofrer; o sofrimento vem como força de Deus para acordar os dons acomodados no centro da vida a nos indicar a vida de luz na plenitude do amor. Mas, para tanto, é necessário que tenhamos moderação em todos os sentidos e coragem nos roteiros, para que a luz nasça em nós, a nos mostrar Deus em todas as coisas, como vida permanente e eterna. Os sofrimentos têm o poder de nos fazer lembrar e acreditar na felicidade.
Quando começamos a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, percebemos a harmonia invadir os nossos corações e o bem-estar ampliar-se em todos os nossos sentimentos. O amor é saúde, a caridade é caminho para todas as alegrias elevadas.
Nós apelamos para todos que estão na Terra e que já começaram a entender a presença de Jesus no coração, para que não percam tempo em conversações inferiores, em diálogos onde a doença toma lugar, porque quando conversamos, criamos imagens, e elas são qual os elétrons em torno do núcleo, girando em torno de quem as criou, gerando enfermidades de acordo com os sentimentos dos que lhes deram vida.
Quando influenciamos negativamente os que nos ouvem e essa influência atinge o objetivo, nós somos os responsáveis pelos danos criados. Não devemos passar para frente notícias negativas; existem muitas coisas alegres para conversar.
Os que nos ouvem, lembram-se sempre de nós e se falamos coisas agradáveis, eles nos transmitem bons pensamentos, pela força das lembranças, e isso nos conforta e alegra...
A felicidade começa nos pensamentos. Eduquemo-los com Jesus, que eles nos farão sentir Deus no coração.




[1] Filosofia Espírita – Volume 7 – João Nunes Maia

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