Paulo Henrique de Figueiredo
Dúvida antiga e muito
incompreendida. Mas a resposta é simples, quando buscamos a resposta em sua
origem, nas explicações de Kardec.
A doutrina espírita pode ser
útil a todas as religiões. Só não pode tornar-se ela uma delas. Senão sai da
condição de conhecimento fundamental e se equipara na disputa pela salvação,
como promessa aos fiéis de uma seita.
Nem pode associar-se a um corpo
dogmático, senão sincretiza-se e deixa de ser basilar e progressivo. Sua
essência é como a Física, Biologia, Cosmologia: um entendimento das leis
universais, no caso, pelo ponto de vista dos espíritos sábios.
Além disso, considerando o
sentido filosófico do termo “religião”, Kardec se referia a um significado
bastante presente em seu tempo, o de religião natural. Vem do fato de naquela
época as ciências humanas se fundamentarem no espiritualismo racional,
independente de credo religioso. Estando Deus presente na natureza como causa e
imanente, estamos todos relacionados naturalmente com ele.
Há quem busque o significado
etimológico da palavra no latim religare,
que significa religação. Mas esse significado é confuso, pois nunca, jamais nos
desligamos de Deus. O sentido que a doutrina espírita promove, pela natureza de
sua mensagem, é o laço natural que nos une de forma solidária, entre nós, e
entre nós e o Criador.
Dessa forma, o importante está
no que ele representa para nós, pois compreendendo o Espiritismo como filosofia
de vida, não haverá diferença entre compreensão e ato, ou seja, será uma
doutrina vivenciada, transformadora. As religiões tradicionais colocam o fiel
em postura de submissão, de espera, de pedinte de recompensas e também temeroso
de castigos. Nada disso será encontrado no Espiritismo bem compreendido. É
dever daquele que bem o compreendeu divulgar essa visão original, para
resgatarmos sua essência primeira!
Fonte: Revolução Espírita
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