quarta-feira, 30 de maio de 2018

Experiências de Quase Morte são mais reais que a realidade[1]



 Cientistas da Universidade de Liège, na França, demonstraram que os mecanismos neurológicos envolvidos nos fenômenos de Experiências de Quase Morte são vívidos demais para serem apenas imaginação ou sonhos.
O estudo mostrou que a percepção durante a Experiência de Quase Morte não só é mais vívida do que eventos imaginados, mas também mais vívida do que os eventos reais que a pessoa vivenciou.
Os resultados foram publicados na revista científica PLOS ONE.
Experiências de Quase Morte
Ver uma luz brilhante, atravessar um túnel, ter a sensação de estar em outra realidade, ou deixar o próprio corpo, vendo-se fora dele, são algumas das características do conhecido, mas pouco compreendido, fenômeno chamado Experiência de Quase Morte.
Sem instrumentos para avaliar esses eventos, muitos cientistas preferem colocá-los de lado, atribuindo-os a alucinações, defesas psicológicas ou produtos de disparos elétricos aleatórios do cérebro.
De fato, de um ponto de vista científico-experimental estrito, essas experiências são difíceis de estudar na medida em que ocorrem em condições incontroláveis, quase impossibilitando estudá-las em tempo real.
Assim, os cientistas da Universidade de Liège tentaram uma abordagem diferente.
Eles levantaram a hipótese de que, se as memórias da Experiência de Quase Morte fossem puros produtos da imaginação, suas fenomenologias características (por exemplo, detalhes sensoriais, emocionais, autorreferenciais etc.) deveriam ser muito semelhantes às das memórias imaginadas.
Inversamente, se a Experiência de Quase Morte for experimentada de um modo semelhante ao da realidade, as suas características deveriam estar mais próximas das memórias de eventos reais recentes.
Eles testaram essa hipótese em três grupos de voluntários ‒ um grupo de pessoas que viveram a Experiência de Quase Morte, um segundo grupo de pessoas que estiveram em coma, mas não relataram a experiência, e um grupo de pessoas saudáveis.
Um "quase" muito real
Os resultados foram surpreendentes.
Não apenas as memórias das Experiências de Quase Morte são diferentes das memórias imaginadas, como também elas apresentam características fenomenológicas típicas das memórias de eventos reais.
Mais do que isso, as características fenomenológicas das experiências de quase morte são mais numerosas do que aquelas das memórias de eventos reais.
Vários estudos têm analisado esses episódios, mas quase todos se agrupam em teorias de origem psicológica e de origem cerebral das experiências.
O problema, segundo Marie Thonnard e seus colegas, é que nenhuma dessas teorias é capaz de explicar inteiramente os fenômenos pesquisados.
Segundo a equipe, uma outra rota possível de entendimento pode ser explorada tentando ver os fenômenos psicológicos e fisiológicos como fatores associados, e não contraditórios.
O espírito que deixa momentaneamente o corpo, e depois retorna ‒ a explicação mais plausível para todos que não são cientistas ‒ ainda não é uma hipótese levada em consideração nos estudos porque os cientistas nunca encontraram provas materiais de que o espírito exista.
Ver neste blog: Começa o maior estudo já feito sobre Experiências de Quase-Morte, publicado em 19/08/2017.




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