Cientistas da Universidade de Liège, na
França, demonstraram que os mecanismos neurológicos envolvidos nos fenômenos de
Experiências de Quase Morte são vívidos demais para serem apenas imaginação ou
sonhos.
O estudo mostrou que a percepção
durante a Experiência de Quase Morte não só é mais vívida do que eventos
imaginados, mas também mais vívida do que os eventos reais que a pessoa
vivenciou.
Os resultados foram publicados
na revista científica PLOS ONE.
Experiências de Quase
Morte
Ver uma luz brilhante, atravessar
um túnel, ter a sensação de estar em outra realidade, ou deixar o próprio
corpo, vendo-se fora dele, são algumas das características do conhecido, mas
pouco compreendido, fenômeno chamado Experiência de Quase Morte.
Sem instrumentos para avaliar
esses eventos, muitos cientistas preferem colocá-los de lado, atribuindo-os a
alucinações, defesas psicológicas ou produtos de disparos elétricos aleatórios
do cérebro.
De fato, de um ponto de vista
científico-experimental estrito, essas experiências são difíceis de estudar na
medida em que ocorrem em condições incontroláveis, quase impossibilitando
estudá-las em tempo real.
Assim, os cientistas da
Universidade de Liège tentaram uma abordagem diferente.
Eles levantaram a hipótese de
que, se as memórias da Experiência de Quase Morte fossem puros produtos da
imaginação, suas fenomenologias características (por exemplo, detalhes
sensoriais, emocionais, autorreferenciais etc.) deveriam ser muito semelhantes
às das memórias imaginadas.
Inversamente, se a Experiência
de Quase Morte for experimentada de um modo semelhante ao da realidade, as suas
características deveriam estar mais próximas das memórias de eventos reais
recentes.
Eles testaram essa hipótese em
três grupos de voluntários ‒ um grupo de pessoas que viveram a Experiência de
Quase Morte, um segundo grupo de pessoas que estiveram em coma, mas não
relataram a experiência, e um grupo de pessoas saudáveis.
Um "quase"
muito real
Os resultados foram
surpreendentes.
Não apenas as memórias das
Experiências de Quase Morte são diferentes das memórias imaginadas, como também
elas apresentam características fenomenológicas típicas das memórias de eventos
reais.
Mais do que isso, as
características fenomenológicas das experiências de quase morte são mais
numerosas do que aquelas das memórias de eventos reais.
Vários estudos têm analisado
esses episódios, mas quase todos se agrupam em teorias de origem psicológica e
de origem cerebral das experiências.
O problema, segundo Marie
Thonnard e seus colegas, é que nenhuma dessas teorias é capaz de explicar
inteiramente os fenômenos pesquisados.
Segundo a equipe, uma outra rota
possível de entendimento pode ser explorada tentando ver os fenômenos
psicológicos e fisiológicos como fatores associados, e não contraditórios.
O espírito que deixa
momentaneamente o corpo, e depois retorna ‒ a explicação mais plausível para
todos que não são cientistas ‒ ainda não é uma hipótese levada em consideração
nos estudos porque os cientistas nunca encontraram provas materiais de que o
espírito exista.
Ver neste blog: Começa
o maior estudo já feito sobre Experiências de Quase-Morte, publicado em
19/08/2017.
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