Espírito Luiz Sérgio –
Psicografado por Adeilson Salles
Uma das coisas, que mais
angustiaram meu coração e que tive muita dificuldade de lidar, desde que morri
aí, para viver aqui, é a questão do desapego.
Embora os afetos verdadeiros do
coração estejam definitivamente junto a nós, é muito complicado para espíritos
da minha condição desapegar e entender que já tivemos outras famílias. Outros
pais, outros irmãos, amigos, namoradas, esposas, filhos e vai por aí.
A morte física e a realidade da
vida espiritual é algo tão surpreendente, mas levamos muito tempo para
desapegar e seguir em frente.
Nos primeiros anos da minha
partida para cá havia uma necessidade diária de saber notícias da minha
família.
Parecia faltar o ar,
interessante isso.
É como a criança pequena que
para andar necessita segurar nas mãos da mãe para não cair.
Conforme os anos vão passando a
criança anda sozinha, e no meu caso, comecei a andar mais solto, mais
tranquilo, à medida que fui tendo mais confiança em Deus e na vida.
Aprendi aqui que o amor
verdadeiro dá segurança, é por isso que Jesus naquela celebre passagem das
bodas de Canaã indaga aos que lhe procuravam a porta:
“Quem é minha mãe e quem são
meus irmãos”?
Quanta dificuldade enfrentei
para entender isso.
Na Terra, ficamos no estreito e
restrito círculo da carne, nossa visão é limitada e acreditamos que as pessoas
são de nossa propriedade.
O amor nascido do espírito,
quando existe, existe e pronto, não acaba, não perece, ele permanece.
Aqui desse lado, as nossas
potencialidades despontam gradativamente, quanto mais desapegado, mais lúcido
fica o espírito.
Desapegar não é deixar de amar,
mas acreditar no amor e nas leis naturais que regem a vida.
A cada dia que vivo a minha
visão espiritual se dilata, mais e mais.
Minha família cresce a todo o
momento, porque é da vida que um dia tenhamos a consciência plena de que somos
todos filhos de Deus.
É possível que algumas pessoas
acreditem que eu deva permanecer como artigo exclusivo para consultas e
mensagens particulares.
Amo minha família carnal e serei
sempre agradecido a minha mãezinha pela oportunidade da penúltima reencarnação,
penúltima, porque terei outras pela frente.
Mas hoje, por benção dos meus
mentores já estive com outras mães que me receberam como filho em outras vidas.
Que coisa fantástica é a
reencarnação!
Eu estive Luiz Sérgio na
penúltima vida, mas sou um cidadão do universo.
Já tive tantos nomes e famílias,
quanto os dias do ano.
Vamos aprendendo, aprendendo e
aprendendo.
Tenho muito que agradecer a
todos os espíritos que pacientemente vem me recebendo, me amparando, me
ajudando a progredir, aí ou aqui.
Faltam-me palavras para
descrever o desabrochar das potencialidades espirituais aqui nesse mundo.
O mundo que encontrei não é mais
o mesmo, porque eu não sou mais o mesmo.
Não vejo apenas pelos olhos,
minha visão nasce da mente e se expande pelo períspirito.
Minha fala não é mais a mesma,
posso adequá-la a necessidade de comunicação consoante o propósito.
Aprendi que o verbo que mais
devemos conjugar é “servir”.
Que surpresa imensurável é
descobrir que somos os construtores do nosso destino, e que sou eu quem dá
ritmo ao meu caminhar.
Alguém pode dizer: “Esse Luiz
Sérgio está viajando”!
É verdade, estou viajando sim,
mas certo da responsabilidade que devemos ter com a benção da vida nas duas
dimensões.
Vou lutando, a fim de me
expandir para outros corações, que me esforço para amar.
Desapegar para amar mais
conscientemente, essa a beleza paradoxal da vida.
O amor não segura, não prende,
liberta!
Não pertencemos a ninguém, somos
de Deus.
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