José Lucas[2]
Certamente todos nos lembramos
das práticas horríveis do nazismo, na II Guerra Mundial, onde a loucura de um
homem pretendia criar uma raça pura e forte.
Parece coisa primitiva, mas...
foi ontem, há 70 anos atrás!!!
Em pleno século XXI, o Homem
vive as maravilhas da tecnologia, que muito tem contribuído para o seu
bem-estar, e melhores condições de vida no planeta Terra.
Este mês (Fevereiro de 2016), em
Portugal, um jornal semanário dava destaque a uma petição a favor da eutanásia,
assinada por cerca de 100 pessoas, consideradas "ilustres" na
sociedade.
Apelam ao direito de morrer com
dignidade, como se morrer, fosse indigno.
Apela-se ao fim do sofrimento,
como se o sofrimento não fosse uma presença contínua, na vida de todos nós.
Porque matar os idosos que
sofrem, e não os jovens ou os adultos saudáveis, com vários tipos de
sofrimento?
Entende-se este ponto de vista,
quando o Homem, tendo perdido o Norte de Deus, e vivendo dentro do paradigma
materialista (o materialismo foi morto pela Física, ao declarar que não existe
matéria, mas sim energia em vários estados), pense que a eutanásia é a saída
limpa do sofrimento.
Tola ilusão...
Em meados do século XIX,
apareceu a Doutrina dos Espíritos (Espiritismo ou Doutrina Espírita) que veio
demonstrar, à saciedade, que somos seres imortais, que a vida continua além da
morte do corpo de carne, e explicar o porquê da dissemelhança de oportunidades
nesta vida, tendo em conta a Lei da Reencarnação, e a consequente Lei de Causa
e Efeito.
Hoje em dia, não é possível
alegar desconhecimento, pois, este abunda ao som de um clique, no teclado de um
computador.
Investigadores e cientistas de
todo o mundo, não espíritas na sua maioria, têm vindo desde meados do século
XIX até aos dia de hoje, a comprovar as teses espíritas.
Não sendo o Homem senhor da
Vida, não tem o direito de decidir pela morte deste ou daquele. A legislação
humana, retrata, de certo modo, o seu estado evolutivo, espiritualmente
falando.
O estudo sério e sistemático da Doutrina Espírita, dá ao Homem uma
compreensão holística da Vida, fazendo-o entender do por quê da vida, suas
dissemelhanças e as consequências dos nossos actos nesta vida, a
repercutirem-se em vidas posteriores.
Estudando a doutrina espírita
(que não é mais uma seita nem mais uma religião) verificamos que a dor,
diversificada, aparece como factor auto-correctivo para o ser humano,
propiciando-lhe assim, nesses momentos, longos e fecundos momentos de
meditação, sobre os valores reais da Vida, e qual o objectivo da mesma.
A pessoa que, de livre vontade,
se mata pelo processo da eutanásia, entra no mundo espiritual na grave condição
do suicida, e os médicos que o matam, mesmo que "legalmente", de
acordo com as leis dos homens, assumem o ónus de homicidas, ónus esse do qual
não se furtam, pois que radicam na sua consciência. Uns e outros, voltarão
noutra reencarnação, com dolorosos processos de culpa, quando não marcados por
dolorosas limitações físicas, como acontece com a maioria dos suicidas.
Quando se tenta liberalizar o
aborto, como condenar Hitler?
Quando os médicos aconselham
mães a abortar porque foi detectada uma anomalia num determinado gene do bebé,
como condenar Hitler?
Quando se pretende
"legalizar" a matança de doentes terminais, sob a pretensa dignidade
de morrer (como se a dignidade dependesse do estado exterior do corpo carnal),
como condenar Hitler?
Conta-se, que certo dia uma mãe
adentrou o consultório do seu ginecologista. Desempregada, com um filho de 5
anos, estava grávida e, tendo em conta a vida difícil do ponto de vista
monetário, queria abortar, pois dizia não conseguir criar sozinha dois filhos.
O ginecologista fez então a seguinte proposta: se abortasse, corria risco de
vida, quer a mãe, quer o bebé. Assim sendo, seria mais lógico matar o filho de
5 anos e deixar nascer o bebé. A mãe saiu furiosa, porta fora...
Afinal... onda estava a
diferença?
Seria útil que os nossos
legisladores, médicos, políticos, governantes, estudassem espiritismo, como já
acontece em muitos países, a fim de melhor entenderem quem somos, de onde
viemos, o que estamos na Terra a fazer, e para onde vamos após o decesso
físico.
Matar? Jamais, seja qual for o
pretexto...
[2] José Lucas Óbidos, Leiria, Portugal. Nasci em Benguela,
Angola, sou espírita e colaboro na Associação de Divulgadores de Espiritismo de
Portugal (ADEP) e no Centro de Cultura Espírita (Caldas da Rainha), sempre a
título gratuito, como qualquer espírita. Colaboro com alguns jornais publicando
artigos espíritas, nomeadamente no Jornal de Espiritismo, no Jornal das Caldas
e no Diário de Aveiro. Este Blog está no ar graças à generosidade do meu amigo
Francisco Reis, que teve a paciência de o renovar na íntegra. Obrigado
Francisco.
Este exemplo da mãe com os cinco filhos,é o exemplo mais claro que ja ouvi de como conscientizar esse tipo de crime.Mas estamos longe de alcançar esse tipo de consciencia.Enquanto o homem achar que ser vivo é somente ele.
ResponderExcluirmaria izilda