Juliano[2]
A verdade é luz a iluminar
as almas que verdadeiramente desejam seguir em direção às conquistas superiores
da vida e a mentira é sombra a obscurecer os espíritos que não desejam
libertarem-se das mazelas humanas.
Em todas as épocas da Humanidade
foram as desculpas esfarrapadas, as controvérsias geradas pelas mentiras, que
desencadearam os atritos em todos os departamentos da Vida.
Muitos dos resultados
desastrosos em que o Orbe se envolveu, em todos os níveis, inclusive no âmbito
da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, tiveram seu início nos recursos da
mentira, na ocultação da verdade, nas distorções decorrentes dos interesses
excusos e inconfessáveis.
A mentira tem sido o alicerce
para a calúnia, a difamação e a intriga, armas mortíferas para denegrir a
Verdade.
Quando Allan Kardec iniciou seu
magnífico trabalho – sob o amparo da Espiritualidade Superior, seus
adversários, de ambos os planos dimensionais da vida, investiram contra ele,
assacando epítetos, calúnias utilizando-se de outras mazelas características da
mediocridade humana, com o objetivo de desmotivá-lo, desacreditá-lo diante do
mundo.
No entanto, como a obra pertence
a Jesus, seus opositores, fiscais da vida alheia, não conseguiram alcançar os
objetivos delineados e, inclusive, na Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas, alguns de seus colaboradores voltaram-se contra ele, afirmando que o
produto da venda dos livros espíritas era usufruído por ele.
Embora todas essas manobras
infelizes movimentadas pelas forças opositoras ao Bem, a Verdade, que é a mesma
tanto na obscuridade como na luz, permanece como farol a iluminar para os
navegantes o trajeto que devem seguir para evitarem o naufrágio de suas
embarcações.
A grande maioria dos homens de
negócios, políticos, empreiteiros, e comerciantes, utilizam-se da mentira para
aumentarem seus lucros, distorcendo as informações; os exploradores no campo da
saúde farmacêutica e indústrias que pesquisam novos remédios, desenvolvem
estratégias comerciais para que seus produtos tenham os preços elevados
utilizando-se da mentira e, assim por diante.
Não poderíamos esperar que os
ferrenhos inimigos da Doutrina dos Espíritos, encarnados e desencarnados,
deixassem de utilizar essa ferramenta – a mentira – para criar dúvidas na
intimidade da criatura humana desejosa de compreender melhor a vida.
Assim, desde os primórdios do
Cristianismo, os ensinamentos sublimes do Mestre Galileu foram sendo
adulterados de maneira progressiva, modificados de forma paulatina, corrompidos
intencionalmente com os objetivos espúrios de os utilizarem para a manutenção
da ignorância milenar, criando fantasias de todos os tipos, exagerando certos
fatos rotulados de milagres, invertendo os conceitos sublimes para perpetuarem
os mecanismos de manipulação e domínio das massas humanas que são rotuladas de
ignaras, ignorantes.
Com o advento da Reforma
Protestante, quando os sermões deixaram de ser apresentados em Latim,
iniciou-se a conscientização da imperiosa necessidade de libertação desses
métodos maquiavélicos e mentirosos, que tinham como objetivo impedir que as
populações raciocinassem com clareza, para poderem continuar a manipulação
contínua.
Posteriormente, como o Mestre
Jesus havia prometido, chegou à Terra, na época prevista, a veneranda Doutrina
dos Espíritos, para relembrar-nos tudo aquilo que Ele houvera ensinado e
apresentar-nos outras informações e conhecimentos que naquela época não
tínhamos condições de assimilar.
Há um século e meio, o
Espiritismo está entre nós, desde 18 de abril de 1857, convidando-nos à mudança
de valores éticos.
O Brasil, país escolhido por
Jesus como “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo”, é a Nação que aponta ao
Orbe o Evangelho - Tesouro da Humanidade - , sem as distorções conceituais, sem
as deformidades intencionais, que foram introduzidas para a manipulação das
massas.
Em O Livro dos Espíritos, questão 793, está registrado: “Credes que estais muito adiantados, porque
fizestes grandes descobertas e invenções maravilhosas, porque vos alojais e vos
vestis melhor que os selvagens. Contudo não tereis verdadeiramente o direito de
dizer-vos civilizados, senão quando houverdes banido de vossa sociedade os
vícios que a desonram e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade
cristã. Até então, sereis apenas povos esclarecidos, que só percorreram a
primeira fase da civilização”.
Ocorre, nos dias atuais, que
parte de sua população mundial é constituída por espíritos sagazes, portadores
de agilidades mentais, conhecimentos específicos na arte de manipulação da
massa pela utilização da mentira, que a utilizam para alcançarem postos de
comando e destaque, nos campos político e econômico, tendo como objetivo o
enriquecimento ilícito, corrupção, desvio de dinheiro, manutenção do crime
organizado etc..
Atingido o exercício do poder,
suas ambições extrapolam as ideias iniciais, pois a ganância é exacerbada, ao
entrarem em sintonia com os representantes perversos e odiosos dos governantes
astuciosos das províncias da Erraticidade Inferior, que hipnoticamente os
controlam, sem que eles se apercebam das ocorrências de controle mental.
Como consequência, empurram os
países ladeira abaixo, pelas rampas da ausência de escrúpulos, pela indecência
moral exteriorizada pelos acordos escabrosos, que deslustram as Nações, aos
olhos dos jornalistas e observadores internacionais, razão pela qual – no
Brasil – chegamos ao impasse político atual: “Impeachment”.
Perguntamos: Quais as opções,
que dispomos para encontrarmos um caminho pacífico que permita ao nosso país
caminhar, com segurança, pela trilha da paz social e do progresso econômico?
Sabemos perfeitamente a
resposta, pois a verdade nos indica: a crise é de Ordem Moral.
No momento, não temos
alternativas que minimizem os efeitos dolorosos da crise política e econômica,
desencadeada pela ganância incontrolável por dinheiro, bens materiais e posses
financeiras, desejos de poder, pois está evidenciado – claramente – que o
processo da corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização
criminosa, a quase todos enlaçou em suas fortíssimas malhas, face ao baixíssimo
nível moral, ressalvadas naturalmente as poucas exceções.
Dada a dimensão da problemática
e as dificuldades identificadas, pedimos aos brasileiros conscientes de seus
deveres pátrios, particularmente aos espíritas, que evitem as paixões políticas,
para que a situação na contextualização hodierna não enverede para um confronto
radicalizado, sob a forma de violência e derramamento de sangue, pois os ânimos
estão sendo acirrados.
Como disse Jesus: “É necessário que venham os escândalos, mas,
ai dos escandalosos”.
Primeiramente, precisamos
assimilar as lições que os fatos atuais têm a nos ensinar, a refletirmos sobre
as responsabilidades de nossas escolhas políticas; em seguida nos
conscientizarmos que efetuando a Reforma Íntima, a que a Doutrina dos Espíritos
no convida, enxergaremos a Verdade, apesar do nevoeiro da mentira que encobre a
Pátria do Cruzeiro do Sul.
Aproveitemos esses momentos de
dificuldades que o País atravessa, decorrente desse prejudicial impasse
político e econômico, para recorrermos a Deus, Jesus e seus Luminares, através
da vigilância moral e da prece, solicitando que nossa Nação possa reerguer-se
deste mar de lama, em que a impostura política de mãos dadas com a leviandade,
empurram a Pátria Brasileira para os abismos da criminalidade organizada, para
os precipícios da corrupção mafiosa, em todos os segmentos da sociedade.
Jesus, voltamos a repetir, é o
Governador Espiritual da Terra, portanto, este Orbe está sob o comando deste
iluminadíssimo Espírito de escol.
O caminho para a libertação do
mal, que nos oprime, – a Mentira – está com seus dias contados, por
determinação divina, tão logo assimilemos o aprendizado que o contraste nos
fatos nos possibilita, para entendermos a Verdade.
Aguardemos, com confiança,
amorosidade e esperança, pois a Verdade sempre prevalece, uma vez que os tempos
perversos das mentiras, de hoje como de ontem, abrir-se-ão ante os tempos
venturosos das claridades consoladoras da Verdade, no amanhã radioso, que se
aproxima.
[2] Mensagem recebida, psicograficamente, por Renato
Mautoni, na noite de 01 de abril de 2016, no Instituto Espírita Léon Denis, na
cidade de Juiz de fora, em Minas Gerais.
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