quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Novos dados do Grande Colisor de Hádrons dão aos cientistas chance para descobrir um Universo Paralelo[1]


02/11/2015

               Depois da “partícula de Deus” – apelido dado ao Bóson de Higgs –, o Grande Colisor de Hádrons, em breve, poderá detectar um "universo paralelo".
O acelerador de partículas, localizado no Cern, a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, em Genebra, na Suíça, está agora operando em seu nível mais alto, na tentativa de detectar buracos negros em miniatura, considerados a chave para um 'multiverso'. Agora, dados recolhidos desde junho estão sendo analisados. Críticos alarmistas temem que isso possa causar o fim do mundo, mas os cientistas dizem que o experimento inovador poderia mudar toda a compreensão do universo.
"Assim como muitas folhas paralelas de papel, ou seja, dois objetos dimensionais podem existir em uma terceira dimensão (altura), universos paralelos também podem existir em dimensões superiores”, disse o cientista do Cern, Mir Faizal, da Universidade de Waterloo, no Canadá. "Prevemos que a gravidade pode vazar para outras dimensões, e se isso acontecer, os buracos negros em miniatura podem ser produzidos aqui. Normalmente, quando as pessoas falam em multiverso, elas pensam na interpretação de muitos mundos da mecânica quântica, onde todas as possibilidades se atualizam. Isso não pode ser testado e por isso é filosofia, e não ciência. O que queremos dizer é que universos reais existem em dimensões extras”, completou.
Em março, Faizal e sua equipe calcularam a energia esperada para detectar miniburacos negros no ‘arco-íris’ da gravidade. Desde junho, a energia usada pelo Grande Colisor de Hádrons para esmagar partículas em conjunto é o dobro da usada durante o tempo em que se descobriu o bóson de Higgs, a partícula de Deus, tornando a detecção de pequenos buracos negros possíveis pela primeira vez. Os teóricos do Cern dizem que isso poderia dar sinais claros de dimensões, além do comprimento, largura, profundidade e tempo. Universos paralelos podem existir dentro destas dimensões, em teoria, mas apenas a gravidade é capaz de garantir o universo em dimensões extras. Se dimensões extras existirem, os especialistas acreditam que isso poderia reduzir a energia necessária para produzir buracos negros.
A Teoria da Relatividade de Einstein afirma que a gravidade é causada pela curvatura do espaço e do tempo. O arco-íris da gravidade diz que o espaço e o tempo possuem curvaturas diferentes para partículas de energia diferentes. Isso sugere que o efeito da gravidade sobre o cosmos provoca diferentes comprimentos de ondas de luz, comportando-se de forma diferente. Isto significa que as partículas com diferentes energias vão se mover em espaço-tempo e campos gravitacionais de forma alternada. Assim, os cientistas descobriram que mais energia é necessária para detectar miniburacos negros no centro de pesquisa, muito mais do que se pensava anteriormente.
Se miniburacos negros forem detectados nas energias previstas, poderia provar a existência de dimensões extras e a extensão de universos paralelos, segundo Ahmed Ali Farag, da Universidade Estadual da Flórida, nos EUA.



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